Perguntei ãs violetas
Se não tinham coração
Perguntei ãs violetas
Se não tinham coração
Se o tinham porque escondidas
Na folhagem sempre estão
Se o tinham porque escondidas
Na folhagem sempre estão
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém
Ai as almas dos poetas
Não as entende ninguém
São almas de violetas
Que são poetas também
São almas de violetas
Que são poetas também
Andam perdidas na vida
Como as estrelas no ar
Andam perdidas na vida
Como as estrelas no ar
Sentem o vento sofrer
Ouvem as rosas chorar
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
E eu que arrasto amarguras
Que nunca arrastou ninguém
Tenho alma para sentir
A dos poetas também
Bendita seja a desgraça
Bendita a fatalidade
Bendita seja a desgraça
Bendita a fatalidade
Bendito sejam teus olhos
Onde anda a minha saudade